Você já se perguntou por onde iniciamos a execução de uma obra?
De maneira geral, iniciamos a obra com o que chamamos de serviços preliminares, que antecedem a etapa de execução propriamente dita, onde temos, por exemplo, a etapa de sondagem, que consiste em analisar o solo e suas camadas, confirmando a possibilidade de executar nossas fundações de maneira segura.
Posteriormente, inicia-se a terraplanagem, etapa de realocação do solo, deixando o terreno conforme exigido no projeto. Além disso, na terraplanagem, são abertas as valas para que sejam iniciadas as fundações.
A fundação de uma edificação é o seu alicerce, assim, é uma etapa construtiva que demanda bastante cuidado.
Existem dois tipos de fundações: rasas (diretas) ou profundas (indiretas), a escolha da utilização de um ou outro tipo é dado por projeto e depende, principalmente, do tipo do solo encontrado no terreno.
As fundações rasas são as mais conhecidas em nossa região devido ao fato de esse tipo de fundação ser ideal para o perfil de
terreno rochoso que temos, em especial, na serra gaúcha. Podem ser elas sapatas (mais comuns em prédios) ou radier (mais comuns em residências). Já as fundações profundas, como o próprio nome já diz, são ideias para terrenos onde a rocha está a muitos metros de profundidade em relação à superfície, como por exemplo, o litoral. Elas podem ser estacas ou tubulões e são
encontradas em casas litorâneas, pontes e píeres.
Cuidados com a escolha correta da fundação evita problemas estruturais graves em uma construção; os prédios tortos em Santos e da Torre de Pisa, na Itália, são casos interessantes de problemas de fundação, sabia?
Texto produzido pela engenheira civil Natália Martinello.